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sábado, 2 de outubro de 2010

Minha inFeliz Viagem ao Rio

Há um pouco mais de um mês atrás (é.. muito tempo que não posto) escrevi aqui que viajaria para assistir uma palestra no RJ. Mas a julgar pelo título deste post, você já deve imaginar que não foi lá muito boa, né?!

Eu estava animado e tudo para ir; mas tu acreditas que depois de todo aquele sacrifício para conseguir uma vaga a Ana desiste da viagem? É... só esganando ela. A partir daí já comecei a desanimar da parada. Seria deveras terrível viajar em torno de 3 horas ao lado de um completo estranho.

Conversando com a Paola acabei me animando a ir. Combinamos de ir juntos, ou pelo menos foi isso que eu entendi (explico o por quê disso mais abaixo, vamos por partes). Como a viagem estava marcada para às 7 horas da manhã e eu moro na cidade vizinha, achei que o mais sensato seria acordar às 5 horas. Pois bem, acordei cedo, devidamente pronto fui pegar o ônibus. Até aí nada de mais; cheguei lá, encontrei com a Paola e a Bianca (coleguinhas de faculdade - rs) e ficamos esperando.



Eis que chega o ônibus da UFRRJ que nos levaria, super atrasado o camarada. E para piorar, eram muitos alunos para poucas vagas. Tiveram que pedir mais uma van e um carro. Mas p*rra, não sabe fazer conta não minha cara coordenadora?! Com toda a enrolação fomos sair de lá só 8 e pouca.

Entramos no ônibus (cara, aquilo parecia uma caixinha de fósforo; o ônibus era terrível, muito apertado, e eu como não sou nada pequeno, fiquei com meus joelhos e minhas costas MUITO doloridos depois desta viagem). E cadê Paola?! Foi sentar-se com Bianca. Deve me ter dado a louca, pois eu jurava que tinha combinado com ela de irmos juntos! Mas adivinha como eu fiquei?! Errou se pensou que fui com um estranho, graças a Deus o assento ao meu lado ficou vazio. Mais espaço para mim, o que não mudava muito, visto que era muito pequeno.
Ignore a Bianca e a Paola, e dê só uma olhadinha nessa maravilha de ônibus.

Lá fomos nós então, rumo à cidade grande. Mas sabe o que poderia ser pior do que estar naquele assento apertado e sentindo muito calor? Era estar sentado naquele ônibus apertado, sentindo muito calor e com praticamente todo ônibus cantando em coro música sertaneja! Cara, que vontade de me jogar para fora daquele veículo que diziam ser um ônibus. Se você gosta de sertanejo problema seu, eu simplesmente odeio. Mas nada que um fone, num volume nada baixo, não resolvesse.

Com todo aquele trânsito, chegamos lá um pouco mais de meio dia, eu acho. Ao mesmo tempo em que chegamos, estacionaram também dois ônibus cheios de japoneses, ou seriam chineses, ou seriam coreanos, ah sei lá, só sei que tinham os olhinhos puxados e falavam tudo embolado. Pegamos nossos crachás e entramos no evento.



Eram mais de mil stands, tinham gente de tudo que é parte do mundo. Para onde você olhava tinham pessoas conversando em inglês, japonês - chinês – coreano e outras línguas que nem sei quais eram. E o que se faz nessas exposições/conferências? Pega brindes! Não estava dando a mínima para todas aquelas parafernálias que estavam expondo. Confesso que até tinham coisas bastante interessantes. Mas a maioria estava a fim mesmo é de brindes. Pensa comigo: mais de mil stands, se pelo menos um quarto estivesse oferecendo alguma coisa, significava que tinham 250 brindes a serem pegos. Mas vai, nem peguei muita coisa. Quem pegou mesmo foi o pessoal que estava na van. Pareciam sacoleiros, tinham MUITA coisa, as bolsas deles estavam enormes.

Andamos, andamos, andamos, comemos, andamos, andamos e andamos. Percorremos os 5 pavilhões do Riocentro. Assistimos dois videozinhos em 3D, que eu confesso, não achei nada legal. Aquele 3D estava me dando dor de cabeça, sério! Tiramos fotos de quase tudo, rimos muito dos japoneses – chineses – coreanos conversando, pegamos brindes, achamos um absurdo uma fatia de pizza custar 8 reais, enfim, aproveitamos bem.


Se você teve paciência de ler até aqui meu camarada, agora termina.


Três horas da tarde fomos assistir a palestra. Lá o palestrante me solta esta: “Não vão à exposições/conferências apenas para pegar brindes!” É... eu ri apenas. A palestra foi basicamente sobre o petróleo, pré-sal e tal, foi bem interessante. Pouco menos de três horas depois ela terminou, andamos mais um pouco, pegamos o nosso brinde da Petrobras (é... mais brindes!) e fomos para o ônibus.

Na viagem de volta não tive a mesma sorte, tive que vir acompanhado. Era uma menina do curso de Gestão Ambiental, menos mau. Pegamos mais trânsito. E pior, gastamos duas horas para levar a coordenadora em Campo Grande na casa dela. Pessoal queria matá-la. Piorando mais ainda, o motorista nos fala que iria passar por Seropédica para abastecer. Pessoal revoltou, porque ele iria consequentemente passar pela serra de Paracambi. Botaram o maior terror no ônibus dizendo que era perigoso e que iria acontecer um acidente; já tinha gente ligando para a mãe dizendo que ia morrer, imagine só a situação.

A serra era basicamente isso aí:
Não é apenas meramente ilustrativa.

Só um pequeno detalhe: nós não abastecemos. Motorista mentiroso. Só um outro pequeno detalhe: o motorista havia vindo de Diamantina para nos levar para o Rio, já estava a quase 24 horas sem dormir e, depois de nos trazer, ele ainda iria retornar para Seropédica para poder trabalhar às 6 da manhã! Tenso!

Eis que ele deixou a mim e uns outros estudantes que também são de Paraíba do Sul na entrada da cidade. Fizemos o trajeto Rio – Paraíba num tempo absurdo de cinco horas. Super cansado, com dor nos joelhos e nas costas, ainda tive que andar de 30 a 40 minutos para chegar em casa. Cheguei era quase uma da manhã.

Acho que agora entendem o por quê de uma viagem infeliz ao RJ.

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